No dia 2
de feveireiro do presente ano, por volta das 5 horas da manhã,
ocorreu na CEU V da UFG de Goiânia, uma agressão a um estudante e
morador da casa. A agressão, realizada por dois intercambistas
portugueses, foi motivada por homofobia e, de acordo com alguns
moradores da casa, os agressores já demonstravam comportamento
hostil frente aos moradores homossexuais, através de insultos
verbais.
Dois
estudantes moradores da casa, ambos homossexuais, se dirigiam ao
banheiro quando encontraram os dois agressores bêbados no corredor,
esmurrando portas e janelas e gritando coisas sem sentido. Um deles,
identificado como Avelino, se dirigiu a um dos estudantes e
empurrou-o com o punho fechado, esbravejando palavras sem sentido até
então, os dois estudantes, sem entender o que acontecia, seguiram ao
banheiro.
Alguns
minutos depois os dois agressores entraram no banheiro e, enquanto a
vítima tomava banho, Adelino esmurrava a porta do box, e gritavam
coisas como “esse banheiro é de homem, não é de mulher não”,
“essa racinha é tudo igual, brasileiro é tudo igual”, “encosta
em mim que morre, mulherzinha”. Em seguida o estudante foi atacado
no momento que abriu o box do banheiro, tentou se defender com um
pedaço da porta que havia se soltado ao ser esmurrada, após levar
alguns murros, chegaram outros estudantes que separaram a briga.
Depois do ocorrido, as assistentes sociais da PROCON levaram os
estudantes portugueses para um apartamento custeado pela UFG, que foi
uma solução bastante absurda para o ocorrido.
Os fatos
nos demonstram claramente que a ação foi motivada por homofobia e é
inaceitável que atitudes como essa passem desapercebidas na
sociedade e muito menos na Universidade. Ignorar tal agressão é
fechar os olhos para as centenas de casos de homossexuais, negros/as,
nordestinos/as, imigrantes e outros grupos que já sofreram agressões
semelhantes, como exemplo, o recente caso de agressão sofrido pelo
estudante de filosofia na UnB, por um estudante assumidamente
integralista.¹
Não
devemos permitir que tais agressões e práticas fascistas, violentas
ou institucionais, aconteçam livremente. Tais atitudes devem ser
analisadas de maneira politizada e combatidas, pois a intolerância é
consequência da lógica explorador X explorado. Também é
necessário analisar as táticas de combate à agressões, já que
muitas das maneiras utilizadas pelos grupos de esquerda atualmente
ficam contidas em atos simbólicos pós-modernos. Não devemos nos
intimidar perante tais atitudes, é necessário organizarmo-nos para
combatê-las. Omitir-se sobre casos como esse é permitir agressões
semelhantes no futuro.
NENHUMA
AGRESSÃO SEM RESPOSTA!!!
¹
http://redeclassista.blogspot.com.br/2013/01/repudio-agressao-integralista-na-unb.html
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