sexta-feira, 19 de julho de 2013
quinta-feira, 4 de julho de 2013
Eleição para reitor e a ilusão da democratização através do voto paritário
Fora veiculado
em campanha da chapa única à reitoria da Universidade Federal de
Goiás, do candidato a reitor Orlando Afonso do Valle Amaral,
professor do instituto de física, e do candidato a vice-reitor
Manoel Rodrigues Chaves, professor do curso de Geografia de Catalão,
a informação da que o modelo paritário de eleição para dirigente
da instituição asseguraria que um voto docente exerceria o mesmo
impacto na decisão que um voto de técnico ou estudante.
Nós da
Oposição Classista, Combativa e Autônoma ao DCE-UFG
vimos esclarecer que essa informação veiculada não
é verdadeira e que o modelo paritário não garante a
equivalência do voto de membros de setores distintos da comunidade
universitária. Isso aconteceria apenas se o número de votantes de
um setor fosse o mesmo que o de outros. Uma vez que o número de
discentes na comunidade
acadêmica é majoritário, percebemos que o modelo paritário serve
como engodo e artifício para que a maioria estudantil não consiga a
representação de suas intenções através dessa maioria.
O modelo
paritário dá continuidade à dominação política dos professores
dentro da universidade, já que o corpo discente é despojado da
vantagem numérica e deve se contentar em ser consultado na mesma
proporção que um grupo muito menor. Analisando o modelo paritário
através da quantidade de votos dessa eleição, podemos facilmente
visualizar essa intenção:
Dos 5561
votos, 1310 foram dos docentes, 1475 dos técnicos e 2776 dos
estudantes. Fazendo o cálculo do voto paritário, 1 voto docente
equivaleu a 1,126 voto dos técnicos; 1 voto docente equivaleu 2,119
votos de estudantes, aproximadamente. Essa discrepância não foi
maior porque a abstenção estudantil foi grande.
Além dessa
diferença no peso dos votos, devemos destacar que a eleição para
reitor é apenas consultiva, ou seja, que se consolida apenas como um
critério para que o Colégio Eleitoral defina os nomes contidos nas
listas tríplices (três nomes para reitor e três pra vice) que
então serão conduzidas ao MEC. Deste modo, assim como no período
ditatorial, não são os estudantes e nem comunidade acadêmica quem
de fato escolhe o nome do novo reitor, mas o ministério da educação,
aparato do Estado burguês a serviço da educação de mercado.
Pelo voto universal nas eleições para reitor!
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