sexta-feira, 20 de abril de 2012

AVALIAÇÃO DO “1º FORA MARCONI”: Abaixo o pacifismo e o policlassismo

No último sábado, dia 14 de abril, aconteceu em Goiânia um ato denominado “Fora Marconi”, em resposta aos escândalos de corrupção que revelaram o envolvimento do Governo de Goiás com o bicheiro Carlos Cachoeira. O ato foi composto em sua maioria por estudantes e jovens em geral, organizações estudantis e organizações político-partidárias, cada qual com diferentes tipos de interesses e perspectivas. A passeata, de caráter pacífico, percorreu as principais avenidas do centro de Goiânia, causando certa repercussão na mídia.

De acordo com a assessoria de imprensa, o governo respeita o direito da população de mostrar sua insatisfação, desde que essa seja expressada dentro dos meios legais. Essa posição assumida pelo governo, mais uma vez nos mostra que a insatisfação popular, expressada através dos meios legais, não assusta os parlamentares e a burguesia, já que esse tipo de ato, de longe é eficaz para a transformação social, pois não causam ameaças a atual estrutura, de exploração da burguesia sobre os trabalhadores.

Além do caráter pacífico, o ato também foi marcado pelo policlassismo, através da tentativa de conciliar os interesses dos trabalhadores com os interesses da burguesia. Essa tentativa é totalmente ilusória, a conciliação do interesse de duas classes antagônicas é impossível e, para nós trabalhadores, a insatisfação não deve ser apenas com a corrupção exercida pelo atual governo, já que isso é decorrente da interdependência do sistema capitalista com o regime da democracia burguesa. A luta deve ser classista e combativa, contra a classe burguesa e a corja parlamentar, que mantêm a exploração sobre o operariado.

Não devemos nutrir esperanças no parlamentarismo, através de meios legais/reformistas e pacíficos (CPI, impeachment etc), que buscam apenas modificar os representante da burguesia, mantendo a atual estrutura de exploração. Enquanto estudantes oriundos da classe trabalhadora, devemos estar lado a lado com os trabalhadores, organizados através da base na luta reivindicativa, por meio da ação direta, opondo a política neoliberal e seus ataques a nossa classe.

Abaixo o policlassismo colaboracionista!
Abaixo a luta pacifista/legalista da pequena burguesia!
Abaixo o governo neoliberal do Marconi!
Nenhuma ilusão ao Estado burguês!
VIVA A AÇÃO DIRETA DOS ESTUDANTES E TRABALHADORES!

terça-feira, 17 de abril de 2012

CONSTRUIR A AÇÃO DIRETA DOS TRABALHADORES

A alguns dias foi revelado mais um caso de corrupção, envolvendo desta vez o senador Demóstenes Torres, surpreendendo muita gente que o concebia como “político honesto”, assim também como o envolvimento do Governo de Goiás, através da relação do governador Marconi Perillo com o bicheiro Carlos Cachoeira. Estes casos de corrupção, são decorrentes da interdependência do sistema capitalista com o regime da democracia burguesa, esta é apenas mais uma demonstração da subordinação da política parlamentar ao capital, que, independente do partido, não modifica as estruturas sociais, estando sempre em defesa da burguesia.

Não devemos nos submeter aos meios burgueses, caindo na utopia de que é possível a existência de algum governo que nos representará ou que beneficiará a classe trabalhadora. Devemos tomar consciência enquanto classe, de que o Estado é instrumento central na exploração dos trabalhadores, legitimando a violência através de leis, forças repressivas e etc, sendo assim, a tentativa de “limpar” os meios parlamentares através de protestos anti-corrupção, não passam de uma tentativa idealista, pequeno-burguesa, que cria ilusões nessas vias, atravancando a verdadeira luta combativa dos trabalhadores e estudantes.

Enquanto estudantes proletários, não devemos nutrir esperanças, muito menos nos desgastar para a construção de pautas reformistas, que visam apenas modificar os representantes da burguesia, mantendo a atual estrutura, que gera as explorações de nossa classe. Enquanto somos explorados, a burguesia, juntamente com os parlamentares, vivem do nosso suor.

A melhor maneira de lutar pelos interesses do proletariado, seria fazendo-o nós mesmos, através da luta reivindicativa. O movimento estudantil deve estar na vanguarda dessa luta, juntamente com as organizações de trabalhadores e as formas gerais de luta
contra a exploração.

Não devemos criar ilusões ao estado burguês!
Não existe capitalismo sem corrupção!
Fora Marconi e todos políticos!
A emancipação dos trabalhadores será obras dos próprios trabalhadores!